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Embalagem, comum até meados dos anos 90, reapareceu recentemente com nova tecnologia; preço mais baixo e questões relacionadas a sustentabilidade podem atrair o consumidor
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O leite era comumente vendido em saquinho até meados da década de 90: ele azedava rápido e precisava ser fervido antes de beber. Surgiu a embalagem longa vida e os saquinhos quase sumiram. Mas, nos últimos anos, eles ensaiam uma volta.
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Supermercados da classe “A” de São Paulo, como Mambo e Zaffari, voltaram a vender o leite de saquinho de 1 litro refrigerado. Tem até uma novidade: a Leitíssimo, do Grupo Leite Verde, lançou um leite em saquinho que não precisa de refrigeração, é UHT (passa pelo processo de altas temperaturas).
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Diferente dos leites do passado, o novo leite de saquinho não tem mais o tipo A ou B. É apenas leite pasteurizado, natural, sem aditivos. A validade, desde que mantida a refrigeração, chega a dez dias e não precisa ser fervido.
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A garrafa plástica é mais prática que o saquinho molenga. Por que, então, o saquinho está de volta? O primeiro ponto é o preço: para o produtor, a garrafa plástica custa quase R$ 1 e o saquinho fica em R$ 0,04. Isso faz o preço do leite refrigerado ficar cerca de R$ 1 mais barato na gôndola que o engarrafado.
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Além do preço, o leite em saquinho é um pouco mais sustentável. “O lixo gerado é menor com o uso da embalagem em sachê, que usa 75% menos plástico que a garrafa. Consequentemente, o custo do produto diminui também”, diz Craig Bell, gerente na Leitíssimo.
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Em 2021, a pesquisadora Mary Anne White, da Universidade de Dalhousie, no Canadá, analisou a quantidade de plástico em cada embalagem e a geração de carbono na linha de produção. Na comparação com embalagens longa vida e com garrafas, o saquinho sai ganhando.
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Por litro, os sacos de leite requerem menos energia e água em sua produção e geram menos gases de efeito estufa do que as garrafas e as caixinhas. Para produzir só uma caixinha, são gastos 20 litros de água.
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Lílian Cunha
Jessica Brasil Skroch